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Racismo, uma problemática Social nas Escolas


Na atualidade o racismo é uma questão de grande embate da sociedade brasileira, não é de hoje que indivíduos sofrem abuso por conta de sua cor de pele. Em um retrospecto épico, acredita-se que o surgimento do racismo no Brasil, começou no início do período colonial com a chegada dos portugueses, havendo dificuldades em escravizar os índios que aqui habitavam. Dessa forma, os negros foram usados como escravo no trabalho pesado, junto dessa forte marca vem também o vestígio de quer os negros são inferiores e por esse motivo foram escravizados.

As marcas dessa herança cultural estão muitas das vezes implícitas em letras de musicas, nos meios de comunicação, na literatura e ate mesmo no ambiente escolar. Muitas instituições não oferece o preparo devido para crianças negras que passam por situações discriminatórias no interior da escola.

Não são poucos os atos racistas que ocorrem dentro da escola, que coloca os alunos brancos como superiores e assim colocando como sem importância as demais raças. Segundo o aluno Ronaldo de Oliveira, 18 anos, estudante do ensino médio da escola Raimundo Brandão, localizada em Caxias-Ma no bairro Salobro relata que já vivenciou uma situação de racismo na escola no ano 2016 provocada pelo diretor da instituição. ``O diretor da minha escola me culpou por uma coisa que eu não fiz, havia dois alunos brigando e o orientador somente culpou a mim, sendo que apenas eu estava separando a confusão e fui chamado por Ele de PICOLÉ DE ASFALTO e NEGRINHO DA SENZALA na frente de toda classe e por ser negro eu não poderia agir dessa forma agressiva.´´ ainda em seu relato Reinaldo revela que se sentiu ofendido com o dialogo e chegou a chorar. `` Eu não contive as lagrimas me senti ofendido, humilhado pelo tratamento e não esperava essa reação vinda do Diretor da escola sendo ele responsável por amparar e proteger. Quis denunciar o ocorrido mais o coordenador pedagógico da instituição me convenceu a não denunciar, pois eu estava de cabeça quente e o diretor não quis me ofender pelo mau posicionamento. ´´ afirmou Ronaldo.

Foto: Ângela Reis

Na mesma escola a ex-aluna Wanderléia de Lima, 20 anos, descreve que sofreu perseguições tanto por alunos quanto por sua professora onde era chamado de NEGRA VELHA, CABELO DE BOMBRIL, TRIPA SECA, CHICA DA SILVA. `` Me senti envergonhada ao ponto de parar os estudos, pois não aguentava mais, hoje já sabendo que racismo é crime me arrependo de não ter denunciado, tanto por ter me afastado da escola como de não ir atrás dos meus direitos como cidadã, apesar de serem negras, as pessoas tem que aprender a viver junto e misturado, e de não julgar a pessoa pela cor já e ultrapassado. ´´

O preconceito racial esta presente nas escolas, muitas vezes em sala de aula e omitido pelos próprios professores que preferem se calar ao invés de discutir o assunto e sugerir alternativas para ele ser erradicado. A escola ajuda manter essa situação, sendo assim, não há mobilização por parte da instituição no sentido de preparar os professores para lidar com situações discriminatórias na sala de aula.

De acordo com a lei de n° 10.639 diz que os estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre a historia afro-brasileira propondo novas diretrizes para valorizar e ressaltar a importância da presença de negros na sociedade além de ser um instrumento contra a discriminação e o preconceito racial dentro das escolas.

Para o professor Rodrigo Mesquita é preciso que a escola crie uma aliança de compromisso para se trabalhar a historia e a cultura afro-brasileira de maneira interdisciplinar transversão, ou seja, não deve esta ligada somente a uma disciplina.


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